quarta-feira, 17 de novembro de 2010 | By: aldo_junior

já valeu a pena ter vivido'


eu de repente não quero pensar em nada
e vejo somente a fumaça se dispersar no ar.
eu só quero ver a chuva cair
e sentir aquele cheiro típico de chuva
e sentir o vento correr pelo meu corpo
e sentir cada goticula cair sobre meu leito
não pensando no ser,
nem no material
só na idéia
e no momento especifico
infimo e passageiro
só por ver o tempo passar
e já valeu a pena.


A.J.
quarta-feira, 10 de novembro de 2010 | By: aldo_junior

Subjetivos'


Poetas nunca são tão simples,
parece que foram criados num mundo multi-facetado, imerso em mascaras.
criaram defesas, e dominaram os reles, infimos normais.
fazendo-os viajar numa fábula que nunca é o que pensamos que fosse.
nunca são tão objetivos.
o segredo está na subjetividade.
nunca é tão simples...
é dos poetas que eu falo?

A.J.

(dedicado a Rafa Steffany)
segunda-feira, 8 de novembro de 2010 | By: aldo_junior

metamorfoses'


sucessivos choques de realidade.
mas não abondono essencialmente a ingenuidade
acredito na metamorfose,
acredito que podem se tranformar,
ou simplesmente mudar.
não me conformo com o pragmatismo de alguns, ou com o cartesianismo de outros
o pessimismo de alguns e o romantismo exacerbado de outros
mas eu ainda acredito que posso dar uma dose de ecstasy a alguns individuos e faze-los acordar de um sonho de uma caverna apertada, fazendo com que vejam que o céu é mais do que um circulo azul cercado por rochas, que é o que se você quando se está numa caverna.
isso se eu não mudar.
o conhecimento transforma as pessoas,
elas evoluem.

A.J.
quarta-feira, 3 de novembro de 2010 | By: aldo_junior

Verdade'

Podem me conseguir um sentimento?
qualquer um que seja...
só pra eu me basear e poder inventar fabulas e utopias....

não ao sentimento,
mas a poesia.
o sentimento é uma ferramenta,
a poesia é o objetivo.

o que é mais importante?
a realização da insanidade da minha sapiência,
o cume das desventuras de devaneios seriados.
isso me dá prazer.

amor é muito romântico...
desencanto é melancolia
sempre alegria tolice
sempre tristeza é chatisse.

quero algo palpável.
algo adorável.
algo demasiadamente humano.
não algo além do humano,
ou anti-humano,
nada além do sapiens.

A.J.

Acordei?

Onde estou?
que lugar é este?
eu caí?
sinto que estou de cabeça para baixo.
tudo está ao contrario
que clima pesado...
nada funciona, tudo está mudo, e nada escuto
esse é o mesmo lugar desde que acordei da primeira vez?
foi sempre assim?
ou eu já mudei?
algo tampava os meus olhos...
o que?
alguma coisa caiu sobre meus pés...
me sinto uma presa prestes a ser atacada
e ao mesmo tempo uma pseudo-sensação de poder.

A.J.