quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012 | By: aldo_junior

Como a cor da clorofila'

Exposto a minha própria inspiração ausente, não percebi que ela me servia de inspiração.

Estaria em uma velha casa com cheiro de madeira dos assoalhos, fumando um charuto(por causa do clima),com um Maiakovski entre as mãos, às 6 da tarde (e ainda estaria claro),
Usando um suéter cinza como o dia, que enxergava.
passaria um carteiro, citaria meu nome e me entregaria uma carta e nela haveria:
"venha me buscar, seu chato”.
e eu já via o frio que exalava com a expiração se aquecer.

Nos encontrariamos numa estação lusa, e falaríamos sobre diagramas brownianos e certas músicas que só tem significados para quem as dá um significado .
e assim nos entenderíamos.
Recordaríamos.
Riríamos,
e aproveitaríamos, pra fazer o que havia ficado somente nas palavras(ditas e escritas)
e aquilo que projetamos apenas para um ‘futuro de um passado’ que tenderia a não ter um fim(...)

Quem sabe talvez encontraríamos uma praia ao norte, e não uma banheira mas uma piscina de chocolates(se bem que banheiras são mais românticas) e mostraria o que consegui fazer com meus retalhos,(algo com uma bela roupa elegante e simples , mas algo pequeno pra caber nela) traria flores ainda com a cor da clorofila pra combinar com algo de mais lindo que ainda há nela,
mas com características que fariam todo um sentido, e a faria lembrar de momentos já vividos.
lembraríamos até de cadernos antigos cheios de rabiscos que descreviam a nossa velha alegria.

E eu me perguntava como seria juntar o melhor de uma menina e o melhor de uma mulher, uma menina com cara de mulher, ou uma mulher com cara de menina?
como sempre descrevi como uma senhorita independente...o que seria diferente?

“E você planejava o seu futuro, e eu queria ser o seu futuro..."

A.J.


Nenhum comentário:

Postar um comentário