terça-feira, 21 de fevereiro de 2012 | By: aldo_junior

Love afair'



Você me fez sentir vivo, porque quando escrevo eu vivo, e quando não, eu só sobrevivo

Aquela imagem de uma senhora com botas de borracha afundando os pés numa horta para recolher quiabos afogados por uma noite de chuva castigadora e abençoadora, dormindo e acordando com aquele cheiro típico de chuva numa casa isolada, distante do cotidiano capitalista barulhento. MEMORÁVEL

E como se não bastasse, o cenário nem importava tanto quanto o que me fazia acordar.

Aqueles dois sóis amarelos esverdeados que contém neles uma janela para o que há de mais complexo. Aqueles sorrisos marotos, provocantes, de dentro daquelas águas frias dormidas discutindo sobre o que é o ser, o que eu sou, sobre certezas e incertezas sobre a brevidade e o que é eterno, se estamos sendo ingênuos ou só sensatos de querer que esse romance dure mais do que os reles casos.

Amores passarão e não duvido que serão amores, entretanto eu só acredito que lembrarás de mim, quando a cama ainda estiver quente, se não estiver comigo. Se abandonares teus princípios por mim, serei então um amante, numa situação normal tu não trairias mas...este é outro caso, um love afair que não é somente isso.

com rimas ou sem rimas, sonetos ou rapsódias, nenhuma poesia exclamaria o que ponho sobre o papel que não é senão uma extensão de pensamentos, meus pensamentos externados tão particular e com desejo de ser partilhados com um alguém.


As vezes eu irei ganhar, mas você parece que tem um desejo mais forte do que aquele que eu posso provocar, de sempre querer ganhar as discussões.

Quanto mais tento ser emocional, mais rascunhos racionais escrevo no post scriptum dos meus escritos.

Até porque eu não tenho noção do meu poder sobre você, do que eu causo em você(...)

A.J.

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